terça-feira, 18 de janeiro de 2011

... o mundo vai acabar e ela só quer dançar ♪

Se eu tivesse que escolher apenas uma música, talvez escolheria "Natasha", do Capital Inicial.
Eu cresci ouvindo essa música. Meu pai conta que ele só comprou o CD acústico do Capital Inicial, porque eu dizia milhares de vezes ao dia que eu queria ouvir Natasha. Eu acho que enchi tanto a paciência dele que ele comprou. E eu ouvi tanto essa música, até enjoar - apesar de que não enjoei tanto assim. Porque até hoje sou viciada nessa musica.
Eu sempre imaginei como a Natasha seria. Lógico que ela teria o cabelo verde, a tatuagem no pescoço e o corpo feito pro pecado. Mas eu sempre mudava algumas coisas, como o estilo e o desenho da tatuagem, o corte de cabelo, alguns traços do rosto, a altura e as roupas - sem tirar a saia de borracha e o salto 15.
Era legal poder imaginar como seria a menina de cabelos verdes e que fugiu de casa da música. Às vezes eu até me imaginava no lugar dela.
Eu pensava que quando fizesse 17 anos eu iria fazer algumas loucuras como a Natasha havia feito. Talvez não fugir de casa às 7 da manhã com carteira falsa e idade adulterada. Mas mesmo assim. Eu queria ter pelo menos metade da atitude dela.
Eu gostava de toda aquela atitude de 'não me importo com nada, eu faço o que eu bem entender da minha vida'. Eu acho que ela não pensou duas vezes antes de deixar pra trás os pais e o namorado e fugir de casa.
Eu sempre imaginei, também, se ela existiu de verdade. Mais tarde, descobri que não, pelo menos o Dinho Ouro Preto não havia escrito a música inspirado numa garota que ele conhecia, pelo menos não daquele jeito.
Mas até hoje eu desconfio que existem algumas Natashas espalhadas pelo mundo. Talvez não exatamente como imaginei várias e várias vezes em minha mente.
Eu queria conhecer alguma Natasha algum dia.

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