segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Você ouve todo tipo de música?

– Você ouve que tipo de música?
– Aaah, eu sou bem eclético, ouço um pouco de tudo. Menos aqueles rocks pesados, sabe?
Aham, sei, você quis dizer heavy metal, né? Ou punk? Ok, você não ouve nenhum tipo de rock. Então, lamento lhe informar mas você NÃO ouve um pouco de tudo.
Quando você diz "tudo", você abrange infinita possibilidades: rock, clássico, sertanejo, blues, soul, funk - o de verdade, e não aquele carioca que dizem ser música -, pop, rap, samba e até o - vá lá - pagode e o axé. E se você diz que gosta de tudo, então quer dizer que é tudo. Todos esses estilos que eu citei e mais alguns que eu esqueci, mas que existem e entram no "tudo".
A partir do momento que você exclui um desses, qualquer um, você deixa de escutar tudo. Essa histórinha de "eu sou eclético" é a maior hipocrisia.
Até hoje eu não conheci uma pessoa no mundo que consiga ouvir de tudo sem nenhum preconceito. E, sério, se você conhece ou é uma dessas pessoas, por favor, venha falar comigo imediatamente.
Porque eu quero descobrir o segredo dessa mágica. E sim, só pode ser uma mágica ou uma macumba muito forte. Porque é praticamente impossível uma pessoa gostar de tudo, tem que ter pelo menos alguma coisa que essa pessoa não ouça.
E sempre acaba sobrando para o coitado do rock e, mais frequente ainda, para o emo. Que, para muitas pessoas, nem é considerado rock.
Mas eu tenho uma novidade para você: o emo é, sim, um derivado do rock. Não é porque tem muitas músicas que tem umas letras mais românticas e melosas que eles deixaram de ser rock. Muitas bandas emos ainda fazem criticas sociais. E falam sobre os problemas cotidianos de uma maneira diferente focando mais o amor.
E, não, Restart não se enquadra no movimento emo. Eles se intitularam como "happy rock", que para mim, não é nada mais do que o povo que conhecemos. Então, antes de falar qualquer coisa, pesquise um pouco.
E calça colorida, não é exclusividade deles. Já nos 80, Axl Rose, vocalista da banda Guns'n'Roses usava calças/shorts vermelhos. E muitos fãs achavam legal e usavam também.
Mas dizem que Guns não é rock de verdade também, muitos dizem que é banda de poser, assim como Slipknot, Misfits e Avenged Sevenfold e muitas outras. Mas, de novo, é só o preconceito dentro da música. E pior, no mesmo cenário musical.
E não adianta, esse preconceito sempre vai existir e sempre vai trazer muitas discóridas. Mas tempos que parar um pouco com a hipocrisia e nos respeitarmos.
Se você não gosta de rock, tudo bem, é um direito seu. Mas não precisa ficar ofendendo aqueles que gostam, nem julgando-os pela aparência e estilo e muito menos criticando-os por ouvirem o que gostam e que faz se sentirem bem.
Assim como eu não suporto muitos estilos musicais, mas respeito a sua liberdade de gostar do que quiser e vestir e fazer o que acha certo.
E não venha me julgar se eu usar calça colorida ou calça jeans skinny super apertada, se eu usar All Star, se eu usar camisetas pretas das minhas bandas favoritas ou camisas xadrez abertas. O meu estilo e meu gosto musical não vão mudar completamente o que eu sou de verdade.
E aprenda, você NÃO ouve de tudo.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Adeus, infância e adolescência

Os dias vão se transformando em semanas, que se transformam em meses, que se transformam em anos. E o tempo vai passando sem que nós percebamos ou consigamos acompanhá-lo ou impedi-lo.
E a vida vai mudando conforme o tempo passa. As pessoas vão mudando, assim como nós mudamos. E isso quer dizer que nós vamos crescendo e ficando mais velhos a cada segundo que se passa.
E isso significa deixar a infância e a adolescência para trás junto com os dias de preguiça e sem preocupações.
Ser adulto é sinonimo de abandonar a infância e a adolescência e no lugar disso abraçar a responsabilidade.
Quando os tornamos adultos estamos por conta própria. E lógico que temos nossos pais e nossos amigos para nos ajudar. Mas nós somos responsáveis por nossos próprios atos e temos que estar preparados para arcar com as consequências que esses atos trarão.
Nós podemos escolher sermos aqueles adultos que escolhem viver a vida sem se preocupar com absolutamente nada e não ter responsabilidades, mas temos que estarmos cientes de que isso nos trará sérias consequências e podem não ser nada legais.
Precisamos estar cientes do que é certo e do que não é e fazer a escolha correta que possibilite trazer consequências boas com as quais conseguimos enfrentar.
É extremamente assustador não saber o que fazer, como se comportar, o que pensar, ou o que pode acontecer no futuro.
Principalmente se você é daqueles que precisam saber exatamente como tudo vai ser antes mesmo de acontecer, como eu sou.
Eu posso dizer que estou completamente apavorada só de pensar na minha vida como uma adulta.
Mas eu percebi que ficar sofrendo por antecipação não vai me ajudar em nada. E que o que eu tenho que fazer é confiar em mim mesma e deixar as coisas acontecerem um pouco mais naturalmente e sem me preocupar muito.
Uma vez me disseram que eu podia ser quem eu quisesse e conseguir o que eu queria se eu lutasse por isso.
E eu vou lutar para conseguir ser uma pessoa melhor e uma adulta com consciência e que faz o que é certo. Nem que só eu veja que é o certo.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

"Prometa não chorar e não se arrepender"

Um dia, eu li uma frase que dizia assim: "Não se arrependa do que você fez, porque em algum momento era o certo para você." ou alguma coisa nesse sentido.
E antes mesmo de ler essa frase, eu já concordava muito com ela. Eu sempre pensei exatamente a mesma coisa.
Muitas coisas eu poderia ter feito diferente. Muitos momentos poderiam ter acontecido de outra maneira. Eu poderia ter deixado de falar algumas coisas que não deveria. Mas eu não mudaria nada, absolutamente nada na minha vida.
Eu sofri e muito por vários motivos diversos, mas nem esses sofrimentos eu mudaria. Porque foram eles que me fizeram enxergar certas coisas que antes eu não enxergava, que me fizeram crescer, ser mais forte. E me tornar o que eu sou hoje.
É lógico que eu não adorei passar dias tristes, sofrendo, chorando e essas coisas, mas foi bom para mim. E é tudo o que importa.
Era o certo naquele momento. Era o certo para me fazer crescer.
E é disso que eu estou falando. Às vezes, parece que são apenas coisas ruins, mas, com certeza, não são. De um jeito ou de outro, essas coisas negativas vão se transformar em coisas positivas e perceberemos que era o certo.
Eu não acredito muito nessa coisa de destino, mas eu sei que nada acontece tão por acaso quanto pensamos e quanto parece.
Então eu não vou me arrepender de nada. E vou fazer o precisar fazer.

sábado, 31 de dezembro de 2011

2012

2012, um novo ano. É sempre difícil imaginar o que pode ou vai acontecer no próximo ano. Quer dizer, eu nem sei o que vou estar fazendo no próximo minuto, como posso saber o que vai acontecer no próximo ano?
Mas a cada segundo que passa, ele está cada vez mais perto de nós, querendo ou não. Não é uma coisa que podemos controlar ou algo assim. Só podemos aceitar que as coisas estão prestes a mudar.
E isso vem me assustando cada vez mais e mais. Essa incerteza, essa duvida sobre o que vai acontecer me deixa ainda mais aterrorizada. E eu simplesmente não sei o que posso fazer.
É o meu ultimo ano na escola, o que significa pressão para entrar em uma boa faculdade. Eu vou fazer 18 anos, o que significa que eu vou me tornar uma adulta e vou ter que me comportar como uma, com toda a responsabilidade que vem junto, como arrumar um emprego, tirar carta, tomar decisões.
E eu não sei se quero isso para mim. Eu não sei se consigo passar por tudo isso. O mundo como eu conheço vai mudar completamente. Eu posso deixar de ver alguns amigos, perder algumas pessoas que eu amo. E isso só pior ainda mais as coisas.
Como eu posso saber se eu vou conseguir passar por tudo isso sem maiores problemas? Como eu sei se sou forte o suficiente para tudo isso?
Eu acho que não sei se nunca vou saber. E eu vou ter que encarar tudo como se não fosse nada.
E eu espero, de verdade, conseguir.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

2011

Quando chega o fim do ano, a coisa mais normal de se acontecer é fazer um balanço de tudo o que você fez ao passar dos anos. Pelo menos, eu tenho esse costume.
Eu gosto de ficar relembrando todos os meus momentos, tantos bons e ruins, e não para ver se eu fiz tudo o que eu queria ter feito, mas para ter certeza que eu fiz tudo do jeito que eu podia ter feito.
Em 2011, eu fui obrigada a mudar toda a minha rotina, mudar todos os meus hábitos. Eu mudei para uma escola mais perto e muito melhor da qual eu estava antes. Mas não foi muito fácil me encaixar. Eu já conhecia poucas pessoas, mas ninguém estava na minha sala. No segundo dia, já havia conhecido algumas pessoas legais, que hoje são meus amigos.
Porém, o jeito da escola era diferente. Desde o modo de avaliar os alunos, até os próprios alunos, professores e aulas. Por ter entrado numa sala onde todo mundo já se conhecia e tinham os grupinhos formados e já no clima de como tudo funcionava foi ainda mais difícil para mim. Nos primeiros dias, eu estava muito assustada e acabava chorando em casa sozinha.
Mas aos poucos, com a ajuda do pessoal, eu fui pegando o ritmo e consegui acompanhar a todos, depois do choque inicial.
Tivemos bons momentos, muitas risadas, união, assim como brigas, discussões e desentendimentos, que ainda me assombram e me atormentam.
Surgiram amores, que foram embora, desilusões amorosas, esperanças e afastamentos com perda de amizade. Pessoas mudaram - e, muitas vezes, não para melhor-, pessoas cresceram, evoluíram, se ajudaram.
Além disso, conheci muitas pessoas novas e re-conheci pessoas 'velhas'.
Vivi amores impossíveis que nunca imaginei viver. Me apaixonei e me desapaixonei num mesmo dia. Sofri e chorei por "amores" que não deram certo. Machuquei pessoas de quem eu gostava/gosto muito e fui machucada por essas mesmas pessoas.
Tive muitas experiências novas que nunca se passaram pela minha cabeça. E todas essas experiências foram maravilhosas e me fizeram crescer mais do que eu deixo transparecer.
Realizei meus sonhos que eu julgava serem os mais impossíveis de se realizarem. E consegui provar para mim mesma que nada é tão impossível como parece ser.
Tive a viagem dos sonhos para o meu lugar preferido em todo o mundo, para a cidade mais movimentada e ao mesmo tempo mais incrível. Conheci personagens comuns e famosos nessa viagem. Além de me unir e fortalecer ainda mais algumas amizades, que eu espero levar para a minha vida toda.
Vi muitos shows completamente fodas, tanto covers quanto 'originais'. Comecei a ouvir coisas novas e mais legais.
Conheci pessoas de verdade, abracei amigos que nunca havia abraçado, abracei amigos com abraços com poder acalmados, beijei pessoas com o coração, dividi medos, alegrias, segredos, frustrações, risos, confidências, lágrimas, tristezas, amores, histórias. Perdi amigos, ganhei outros, mas só ficaram comigo aqueles de verdade. Aprendi, cresci, cai, levantei, cai de novo e levantei mais uma vez.
E, finalmente, o ano está acabando.
2011 não foi perfeito, mas também não foi nada mau e eu sei que aproveitei como pude e fiz tudo o que podia fazer.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

O que você fez em 2011? De todas essas coisas de quantas você se arrependeu? Ou quantas valeram a pena? E o que você não fez em 2001? O que mais você teve vontade de fazer, mas desistiu no ultimo minuto? Ou então ficou adiando dia após dia?
Bom, essas coisas provavelmente nunca irão acontecer. E provavelmente são uma daquelas promessas de fim de ano que você sempre faz, mas no final nunca cumpre.
Essas coisas devem ser esquecidas. De preferência, para sempre.
Você tem que se concentrar no que aconteceu e não no que poderia ter acontecido se você tivesse tomado uma decisão diferente em certo momento, porque aquele momento passou e não volta mais.
Mas você ainda pode tomar outras decisões e fazer o que você mais deseja. Mas você não tem muito tempo, você tem apenas 3 dias para fazer a maior loucura do mundo que você tiver vontade de fazer.
Só depende de você deixar que aconteça.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

07 de dezembro

No ultimo dia 07 de dezembro aconteceu o Festival de musica da Etec Cel. Fernando Febeliano da Costa, conhecida como Industrial.
Antes de qualquer coisa, já vou logo avisando que não sou a melhor entendedora de música e raramente percebo muitos erros de acordes ou musicas fora do tempo e essas coisas mais técnicas, mas eu consigo perceber muito bem quando o show é bom ou não.
E o show da banda dureX, com certeza foi muito bom. eu posso até ser meio suspeita para falar, mas foi um dos melhores shows que teve durante o dia.
Mesmo com a falta de organização, os meninos não deixaram ninguém parado e passaram muito animação para todos que estavam lá. Dava para ver claramente que quando eles estavam no palco nada mais importava e que eles estavam se divertindo fazendo o que eles gostam e realmente importa: tocar muito, fazer musica boa e agitar o publico.
Os meninos começaram com a musica Can´t Stop, da banda Red Hot Chilli Peppers, e logo na primeira musica deu para perceber uma nítida mudança no publico, que foi mais para perto do palco. E o show seguiu com a musica She, da banda Green Day, All The Small Things, da Blink 182, e com mais uma da Green Day, Geek Stink Breath.
A ultima musica, Highway to Hell, da banda AC/DC, animou ainda mais o publico que não ficou um segundo parado nessa musica, indo ainda mais para a frente, cantando e pulando e gritando loucamente.
O baterista teve alguns problemas com a caixa que estava quase caindo. Um dos guitarristas teve seu dedo machucado que começou a sangrar no meio do show e mesmo assim não parou um minuto de tocar. O outro guitarrista tocou uma das musicas com um gorrinho de Papei Noel doado por uma pessoa da platéia - meu irmão -, mas depois desistiu por ficar caindo em seus olhos. O vocalista praticamente destruiu a cortina do palco, no final do show com a empolgação. E mesmo esses detalhes passaram despercebidos pela a maioria das pessoas que só queriam curtir um bom show. (O único que deu sorte e passou ileso de falhas e problemas técnicos foi o baixista)
E no final, eu que já era fã, me tornei ainda mais fão e torço muito para que tenham mais shows como esse, ou então maiores e melhores.
Todos da banda dureX foram atenciosos e eu acabei virando amiga daqueles que ainda não tinha conversado muito. E, ainda, ganhei autógrafos que hoje estão no meu mural de fotos e recordações e me enche de orgulho saber que ainda temos pessoas que fazem rock - nem que seja covers - e que são bons no que fazem e se esforçam cada vez mais para ficarem ainda melhores.



banda dureX em seu show, com o baterista André escondido