Violência contra Homossexuais

O número de homossexuais está aumentando cada vez mais. Não se sabe ao certo o motivo, mas a cada dia que passa mais pessoas vêm se ‘tornando’ ou se assumindo gays.

O preconceito ainda é gigantesco; os números de casos de violência contra homossexuais são preocupantes. Os casos mais divulgados são os de violências físicas, mas existem casos muito maiores e piores de violência verbal. Muitos homossexuais são motivos de piadas maldosas.

O adolescente que se descobre gay, muitas vezes é ridicularizado na escola, o que pode causar problemas mais sérios e traumas. Muitas vezes o adolescente não consegue enfrentar o problema e acaba optando por mudar de escola. Na maior parte dos casos, os colegas acham que é normal ridicularizar os homossexuais e só passam adiante o que vêem em casa, por exemplo, se os pais forem preconceituosos e não aceitarem homossexuais, o filho vai, instintivamente, seguir os passos dos pais e irá passar esses ‘valores’ aos seus filhos mais para frente e isso virará um ciclo vicioso, com uma sociedade cada vez mais homofóbica e preconceituosa.

Segundo dados do GGB (Grupo Gay da Bahia), o Brasil é o país mais homofóbico do mundo.

Em 2009, 198 homossexuais foram mortos no Brasil, sendo que 117 eram homossexuais masculinos, 72, travestis e 9, homossexuais femininos. A mesma pesquisa mostra que os Estados com mais homicídios contra homossexuais é a Bahia e Paraná (com 25 casos cada um).

Entre 1980 até 2009, 3,196 gays foram mortos. Entre as vítimas estavam padres, pais de santo, professores, profissionais liberais, profissionais do sexo e cabeleireiros.

Os crimes foram cometidos de diversas formas. A mais comum foi a arma de fogo, com 34% dos casos; logo após veio armas brancas, 29%, espancamento, 13% e asfixia, 11%. Os demais 13% foram de outras modalidades.

A pesquisa mostra, ainda, que a cada dois dias um homossexual é assassinado no Brasil.

Porém há indícios de que muito mais homossexuais são vítimas de homicídios e violências, mas a família ou amigos preferem esconder a verdade por vergonha ou para não serem julgados. Ou ainda, não sabiam da verdade pelo fato de que muitos homossexuais não assumem para as famílias com medo da reação dos pais e parentes ou para não ter que enfrentar o preconceito, nem colocar a família em risco, preferindo contar só para alguns amigos ou guardar para si.

Depois do Brasil, México e Estados Unidos foram apontados como os países mais homofóbicos em 2009, com 35 e 25 homossexuais mortos, respectivamente.

Na parada do Orgulho Gay de São Paulo em 2008, 44 homossexuais foram agredidos causando a morte.

Pesquisas feitas na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) mostram que 64% dos homossexuais sofreram agressões.

A maioria dos casos de agressão foi a de violências verbais, com 45,5%, já as violências físicas ficaram em segundo lugar, com 21,6% dos casos, e muitos sofreram mais de uma forma. A chantagem e extorsão ficaram em terceiro lugar, com 15,9%, seguido pela violência sexual, 11,4% dos casos.

Outra forma de violência contra homossexuais são as penas aplicadas aos mesmos: 72 países criminalizam as relações entre pessoas do mesmo sexo, segundo um estudo da ILGA (Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans eIntersexo) e mais cinco países condenam esses homossexuais com pena  e morte, tais como, Mauritânia, Arábia Saudita, Iêmen, Irã e Sudão.

A Somália e a Nigéria tem uma política semelhante, mas somente na zona islâmica dos países. Circula uma lei chamada Sharia, que é uma lei baseada nas doutrinas de algumas correntes islâmicas.

Nesses países é muito comum ver os pais matando seus próprios filhos que se assumiram gays ou lésbicas.

O presidente do Irã tem orgulho em afirmar: ‘no meu país não tem homossexuais’.

Essa afirmação tão convicta é um tanto de presunção da parte dele, pois podem existir muitos homossexuais no Irã que não se assumem por medo da morte.

O que vemos nesses países é a máxima intolerância e ignorância sobre o assunto.

E eles debatem como se soubessem mais do que qualquer outra pessoa no mundo.

Às vezes eles esquecem que homossexuais também são pessoas como outras quaisquer.

A população que não aceita deveria pelo menos respeitar, porque como todo mundo já está cansado de saber que ‘respeito é bom e todo mundo gosta’.

Os dados são alarmantes e pedem uma atenção especial, mas não adianta nada fazer pesquisas e mais pesquisas, se não tomarem nenhuma providência.

A sociedade já sabe muito bem que os homossexuais sofrem muito preconceito, mas ninguém toma alguma atitude.

Órgãos do governo deveriam prestar um pouco mais de atenção nos casos de violência, tanto física quanto verbal, e tomar providências que protejam esses homossexuais. Existem muitas ONG’s (Organizações Não Governamentais) para ajudar, mas só elas não podem fazer muita coisa.

O ser humano deveria deixar de ser tão egoísta e perceber que homossexuais são pessoas normais como todo mundo. Não é porque a pessoa escolheu não seguir certos padrões da sociedade que deixou de ser gente como nós.

E afinal, quem decide o que é certo ou errado? Quem decidiu esses padrões?

As pessoas deveriam pensar um pouco mais nisso e dar mais chances aos homossexuais.

Todos esses estudos em volta da violência contra a homossexualidade assustam muito, mas muitos países estão tomando providências mais sérias, visando proteger os homossexuais.

Há 23 países, onde se destacam Espanha, Bélgica, Holanda, Suécia e Noruega, que dão igualdade legal total aos homossexuais, incluindo o casamento gay e mais 55 países que tem leis anti discriminação.

Muitos podem chamar a violência contra homossexuais como um problema de país pouco desenvolvido, mas a verdade é que é um problema de países com pouca informação. Se a população se conscientizasse de que todos têm o direito de escolher o que é melhor para si, talvez essa violência diminuísse um pouco, e se existissem leis anti discriminação em mais países, essa violência não existiria mais.

O que falta para uma vida melhor e igual é a informação e conscientização da população.

E como Barbara Streisand disse: ‘Ninguém neste mundo tem o direito de dizer a quem quer que seja que o seu amor por outro ser humano é moralmente errado’